terça-feira, 2 de agosto de 2011

TRT - 9ª Região é amigo da bicicleta

Há um ano e poucos meses vendi meu carro e comecei a ir trabalhar de bike. Para quem não me conhece eu era advogado e assim aparecia para fazer as audiências e para as sustentações orais no Tribunal Regional do Trabaho (TRT). Chegava meio esbagaçado e suado, mas sempre valia a pena! Teve até uma colega que literalmente bateu palmas e me elogiou num cruzamento perto do Fórum. Um ano depois vejo que as coisas estão cada vez melhorando. Aqui fica o registro de que o Egrégio Nono Regional do Trbalho é Amigo da Bicicleta.

Segue a matéria publicada no site do TRT, que reproduzo na íntegra.


TRT-PR conclui a implantação de bicicletários em suas dependências

De casa ao trabalho, do trabalho para casa. Esse trajeto diário, comum a todos os trabalhadores, ganhou interatividade, economia e rapidez para o servidor Luciano Zimmer quando, há dez anos, ele aposentou o carro para fazer o percurso pedalando. Mas a eficiência e a praticidade proporcionadas pela bicicleta encontravam um entrave justamente na porta do trabalho: onde deixá-la?

Para atender às necessidades desses novos ciclistas, o Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), implantou bicicletários nos prédios do Cajuru (Arquivo Geral), da rua Vicente Machado, números 147 e 400, e na Carlos de Carvalho, número 528, que comportam 25 bicicletas cada um, atendendo à demanda recente de ciclistas. “Como as vagas são limitadas, é imprescindível que os interessados façam o cadastro na Secretaria Administrativa. Desta forma, os usuários não correm o risco de chegar ao local e encontrar as vagas já ocupadas”, explica o Diretor da Secretaria Administrativa, Haroldo Rebello Júnior.

Apesar dos reconhecidos benefícios da bicicleta, a resistência ao uso desse meio de transporte ainda é muito grande. Um dos principais motivos é o clima da capital. “Claro que, com chuva, é complicado andar de bicicleta. Mas eu percebi que temos, em média, um a dois dias por mês em que efetivamente não há possibilidade de desviar da chuva, principalmente porque nosso horário de trabalho permite uma flexibilidade muito grande”, explica Luciano Zimmer.

Mais difícil de desviar é a preocupação quanto ao trânsito porque, de acordo com Luciano “parece um pouco opressor dividir o mesmo espaço com os carros”. No entanto, o servidor garante que é somente uma questão de técnica e entendimento da dinâmica das ruas. Ele defende a implantação de ciclofaixas (faixas pintadas nas vias comuns com trânsito exclusivo para bicicletas), imprescindíveis para dar segurança a quem quer utilizar a bicicleta para trabalhar. “Não existe ligação entre os bairros e o centro de Curitiba, pois as ciclovias interligam somente os parques e as áreas de lazer”, reclama o servidor João Olímpio Comerlato, que pedala até o Tribunal, todos os dias, há cerca de dois anos.

A questão da vestimenta também é levada em consideração na hora de aderir ao uso da bicicleta, mas a servidora Ana Paula Rocha explica que, se houver uma programação, não há dificuldades. “Agora que o tempo está frio, fica ainda mais fácil. Mas quando está calor, é só se programar e trazer outra blusa para trocar”. Além disso, as pedaladas rotineiras servem tanto como um exercício aeróbico – estimulando o sistema cardiopulmonar e, consequentemente, prevenindo doenças cardíacas – como no auxílio à queima de calorias. “Eu não tenho tempo para frequentar academia, ainda mais porque tenho um filho pequeno. Dessa forma, a bicicleta acaba sendo um exercício diário que não gasta tempo e nem dinheiro”, relata Ana Paula.

Além dos benefícios práticos, a bicicleta ainda oferece vantagens financeiras, pois as despesas referentes ao estacionamento, combustível e manutenção de um carro são eliminadas. “No gabinete onde trabalho, tenho um colega que vem de bicicleta diariamente do bairro Novo Mundo (limite Sul de Curitiba) e economiza cerca de 500 reais por mês”, relata Luciano. “É preciso quebrar um pouco os preconceitos e os medos, pois as barreiras são psicológicas. Na prática, acaba sendo muito vantajoso”, finaliza o servidor.

Pedalar é preciso
De acordo com o Detran, em Curitiba há dez carros para cada 16 habitantes e, em todo o Brasil, circulam cerca de 50 milhões de veículos diariamente. Toda essa movimentação automobilística é responsável por 70% da poluição emitida nos grandes centros urbanos. Para neutralizá-la, seria necessário que cada motorista plantasse 15 árvores por ano. Outra saída seria a redução do número de automóveis e o consequente aumento das “bikes”. A cada 5.000 bicicletas em circulação, são reduzidas 6,5 toneladas de poluentes no ar. Conscientes dos benefícios proporcionados pela prática, um número cada vez maior de adeptos apoia campanhas por modos mais sustentáveis de transporte.

Em Curitiba, existem mobilizações como “O plano das bikes brancas”, na qual os interessados podem vivenciar o uso de uma bicicleta comunitária: o ciclista retira a bicicleta, num dos cinco pontos de apoio espalhados pela cidade, e permanece com ela durante sete dias, sem custo algum. Para as mulheres, o movimento “Curitiba Cycle Chic”, que já completa dois anos, incentiva o uso da bicicleta através da comprovação que é possível aliar as pedaladas ao estilo e à elegância. Já a “Bicicletada” consiste numa pedalada pacífica, realizada de mês em mês, em mais de 200 cidades de todo o mundo. Na capital, a concentração é feita em dois dias: no último sábado de cada mês, às nove e meia da manhã, ou na segunda sexta-feira do mês, às seis e meia da tarde, no pátio da Reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR), localizada na esquina das ruas Amintas de Barros e Doutor Faivre.
Os servidores Ana Paula Rocha, Adriana Pansieri, Fabrícia Chiarelli,
Vanessa Souza e Luciano Zimmer pedalam todo dia para vir ao Tribunal.    


A servidora Adriana Pansieri vem ao Tribunal de bicicleta mesmo
nos dias de chuva.
 Ganhou o selo amigo da bicicleta.


Ah, dica do Guilherme Caldas, via Roberto Vaz.

Um comentário:

  1. Esse estacionamento é apenas para servidores e usuários do TRT?

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