domingo, 27 de fevereiro de 2011

Carta aberta de repúdio ao Delegado Gilberto Almeida Montenegro e à Polícia Civil do RS


Reproduzo aqui a carta aberta de repúdio ao Delegado Gilberto A. Montenegro e à Polícia Civil de RS, escita por Guilherme Schröder. Esta foi uma das reações em virtude do acontecido na bicicletada de Porto Alegre, especificamente em relação ao comentário feito pelo delegado, que era necessária autorização para a bicicletada e que o criminoso que tentou matar os ciclistas não teve a intenção. 

"Em primeiro lugar Sr Gilberto, nós os ciclistas não cometemos erro nenhum, estávamos utilizando as vias públicas como meios de transporte, que inclusive deveriam ser incentivados para que não ocorram congestionamentos.
O erro muito menos foi um ”erro grave”, pois não se precisa pedir autorização para nenhuma entidade para pedalar em conjunto, repito vias “públicas”. E além disso a EPTC sabia sim.
Outro equivoco do Sr, ninguém impediu o direito de ir e vir de ninguém, estávamos andando nas vias como meios de transporte legítimos, bicicletas, conhece?
Não era uma manifestação e sim um deslocamento para uma festividade, com muitas pessoas utilizando o mesmo meio de transporte, o carro? Não, a bicicleta, pois se todos fossem de carro ficariamos congestionados.
Inclusive os automóveis frequentemente são os que obstruem a minha passagem de bicicleta pelas vias, normalmente ando mais rápido que um carro para ir da perimetral até a Olavo Bilac, pela José do Patrocinio.
E me responda uma coisa somente, porque nos dias de futebol várias ruas são legalmente fechadas, o fluxo de carros é impedido para que torcedores, apenas torcedores, passem? Estas manifestações são mais “legítimas” pra polícia? Elas podem impedir o direito de ir e vir?
Com 20, eu disse 20 bicicletas destruídas, além das dezenas de feridos e um carro bastante avariado, como o Sr acha que “ainda não é possível afirmar que o motorista teve intenção de matar”. As testemunhas, e são várias, e o Sr já deve ter ouvido, disseram que o carro acelerou deliberadamente e não parou mesmo com pessoas sobre o capô e bicicletas amontoadas embaixo do carro, e não foi com intenção de matar? Por favor, só posso interpretar esta declaração como tendenciosa, defendendo o criminoso. Ainda por cima está esperando ouvir o motorista pra “ele” dizer se teve intenção? Ora, isso, me desculpe não é polícia investigativa Sr delegado Gilberto Almeida Montenegro, vocês conhecem o motorista? Estão acobertando alguma coisa?
Se o proprietário não deu queixa nenhuma, não foi pra casa, não atende o telefone e abandonou o carro depois da tentativa de assassinato, arrancando as placas. Quem poderia estar dirigindo?
Espero que tenham tirado as digitais na placa ao menos. Pois com tudo isso que eu argumentei qualquer pessoa de mínima inteligência ligaria os fatos dizendo quem é o culpado. E espero que a Polícia Civil tenha essa mínima inteligência necessária.
Sr Gilberto, espero que peça desculpas publicamente por suas declarações, pois o Sr criminalizou um movimento de ciclistas em paz, lutando apenas por dignidade e respeito no trânsito. E continuaremos com muito mais bicicletas nas ruas, pois é nosso direito, é o nosso meio de transporte.
Mais amor menos motor!"

Guilherme Schröder

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Nota de repúdio a tentativa de homicídio na bicicletada de POA

O filme Corrida Mortal 2000 foi as telas de cinema em 1975 com o seguinte roteiro: uma corrida de carros em que os participantes atropelam as pessoas na rua para ganhar pontos. Daí tem o pseudo-galã, interpretado por nada mais do que Silvester Stallone, uma gostosa a tiracolo, um vilão de carro preto e máscara e tem até um pastor, revendo ou algum tipo de pseudo-autoridade religiosa. 

Eu me pergunto: porque o número 2000 no filme? Será uma alusão ao ano 2000? Naquela época 2000 era um ano que representava o futuro. Em me lembro que, ainda criança, em 1985 eu pensava em como seria o mundo no ano 2000, quantos anos teria, se estariamos andando de carros sem rodas tal como nos jetsons. Bem, o futuro sempre chega de vagar e em pedaços. Percebi que o futuro é uma projeção do que nós imaginamos como seria ele. Mas por vezes nossa imaginação nos trai. E foi o que aconteceu. Coincidência ou não, comprei outro dia uma edição encadernada do Ranxerox, que saiu pela primeira vez na revista Caniballe em 1977. Era um robô viciado em cascolar e extremamente violento. Ah, e de quebra tinha uma namorada de 12 anos viciada em heroína. Taí, outro exemplo do futuro. O ano 2000 voltou e passou e cá estamos. Aliás, estamos bem distantes dos Jestons e cada vez mais próximos dos Flintsontes. Ontem, na bicicletada de Porto Alegre, um motorista atropela vários ciclistas e foge da cena do crime. Tomo este exemplo por ser emblemático quanto a falta de educação e civilidade das pessoas. Estamos talvez bem mais perto dos Flintstones. Isso, neandertais com controle remoto, homens das cavernas vestidos de smoking, macacos usando microondas e telefones celulares. O futuro é sombrio, violento, cínico e hipócrita. Ainda bem que tem manifestações que beiram a bichogrilisse, que é a bicicletada, numa tentativa de sensibilizar as pessoas a andarem de bike, encorajando as pessoas a andarem de bike pela cidade, numa busca pelo reconhecimento cívico. Então vem um filho da puta, com o perdão das prostitutas, ou melhor, um corno e passa por cima de ciclistas que estavam andando de bicicleta pela cidade, em uma manifestação tão singela quanto subversiva, tão pacífica quanto anárquica, tão genuína quanto cívica. 

É inaceitável esse tipo de atitude, é abusurdo ver tal coisa acontecer. É vergonhoso saber que existem seres humanos assim. É reprovável a atitude desse criminoso. Esse blog solidariza-se com as vítimas do infausto e repudia com veemência o crime perpetrado pelo condutor do carro até agora não identificado. No filme, Silvester Stallone, ganha pontos por matar pessoas, espero que em Porto Alegre o prêmio do motorista assassino seja a condenação por tentativa de homicídio, com tudo que ele tem direito.

Eis um video feito pós tentativa de homicídio:

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Hipsterisses

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Gata de rodas

Liliane de bike, miau!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Bike Roots


Bike do Claudio Silva. Maneiríssima.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Rolê em Águas de São Pedro

Hoje, depois do almoço, fui dar uma voltinha marota pela cidade de Águas de São Pedro. Tem um rio que passa no meio dela e dos lados tem subida, nada muito pesado, mas rola uma ladeira ou outra. Esse passeio foi de 5km, pelas ruas da cidade, tranquilo sem stress. Taí o mapa.


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sábado, 12 de fevereiro de 2011

Águas de São Pedro

Faz uma semana que estou em Águas de São Pedro, que é uma pequena cidade no interior de São Paulo. Aliás, é o menor município do Brasil. Minha vinda para cá é o curso de cozinheiro chef internacional e vou ficar um ano por aqui. Daí trouxe a minha bike para dar umas voltas pela redondeza. Pois bem, a cidade é muito pequena e fica a uns 9 Km de São Pedro. E resolvi ir para lá ontem. Um pouco receoso, pois não tem acostamento algum e isso é foda, faz o pedal tenso. Mesmo assim, fui para lá. O trecho se mostrou bem tranquilo em relação ao tráfego e a altimetria. Gostei. Mas o que não gostei foi de ter furado o pneu na volta. Ainda bem que faltava pouco para chegar no alojamento.
Eis o trecho que fiz:


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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Bicicletas novas na área

Ontem o Cristian, da Bike Tech me ligou dizendo que tinham chegado algumas bikes comute para eu ver e coisa e tal. Passei hoje lá para comprar uma mala bike e vi uma Kona Ute montadinha. Dê uma olhada. Com bolsas laterais e tudo mais. E o preço R$ 3.600,00 mais ou menos.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Bike Lab




Taí um projeto que podia gerar seus clones por estas bandas. Uma espécie de oficina comunitária, criada inicialmente para ajudar pessoas carentes de meios de locomoção em Greensboro (nos States) e que está gerando desdobramentos interessantes, incluindo um projeto para construção de bicicletas de bambu (eu um dia vou ter uma dessas).

Vai lá no site da Bike Lab, que a visita vale a pena.




As imagens eu peguei lá no grupo deles no Flickr.