quarta-feira, 31 de março de 2010

vans supercorsa – italian cycles collection

Um tributo ao ciclismo italiano prestado pela Vans na coleção outono/inverno de 2010. Dê uma verificada no site da Vans.

Spoke Card já


Achei no Milano Fixed

terça-feira, 30 de março de 2010

Deu na Istoé

Cada um no seu pedal

Andar de bicicleta não é mais só esporte ou diversão. Hoje, significa também estilo de vida, que envolve uma cultura própria

Verônica Mambrini

img.jpg
CHIQUE
Joana Rocha privilegia o estilo e usa até salto alto na hora de pedalar

Na rotina da designer Joana Rocha, 31 anos, o que predomina é o estilo. Salto alto, acessórios e uma charmosa bicicleta fazem parte do arsenal para enfrentar o trânsito de São Paulo. “É engraçado como as pessoas reagem ao me ver de salto. A maioria acha que a bicicleta serve apenas para esporte ou diversão”, diz. Ela decidiu dispensar as roupas esportivas ao ler blogs como o Copenhagen Cycle Chic. Criado por artistas dinamarqueses, que postam flagrantes dos elegantes moradores da cidade sobre duas rodas, o blog gerou uma onda de similares pelo mundo. No Brasil, Curitiba, Porto Alegre e São Paulo têm suas versões. Para o arquiteto André Moreau, 35 anos, não ter carro não é problema. Ele é fã das práticas bicicletas dobráveis. “Consigo integrar a bicicleta com outros meios de transporte. E é ótima para guardar num apartamento”, diz ele. Ambos fazem parte de um grupo que achou maneiras de pedalar que refletem um estilo de vida que não é esportista ou cicloativista.

img1.jpg
NO METRÔ
André Moreau é fã das bikes dobráveis: pequenas e práticas

Um dos indicadores desse novo comportamento é o mercado: há cinco anos, as dobráveis eram raras e caras, e predominavam os modelos esportivos como as mountain bikes ou de corrida. Hoje o quadro é outro e chega por aqui a cultura da bicicleta, que extrapola a função da bike como esporte ou transporte. Elas viraram objetos de charme, de culto, de protesto, de apropriação do espaço público. “É uma forma de se distinguir no anonimato da cidade”, diz José Guilherme Magnani, professor do núcleo de antropologia urbana da Universidade de São Paulo. Outra visão de mundo totalmente diferente é a dos adeptos das bikes de roda fixa. Elas tornaram-se objetos de culto após serem adotadas por bike messengers em cidades como Londres e Berlim, que precisavam de bicicletas leves e de manutenção fácil. As rodas fixas têm uma marcha só, não possuem freio e são mais difíceis de pilotar. O curitibano Gabriel Nogueira, tradutor, mora em Barcelona com suas cinco bicicletas, e contribui por meio de um blog e em listas de discussão no Brasil com a propagação de informações sobre a cultura das rodas fixas.

“Também participo das alley cats”, diz. São corridas de rua, rachas no trânsito e até versões Banco Imobiliário, em que os participantes percorrem pontos da cidade convencionados como casas do tabuleiro. Com a disseminação das fixas, renasceu o bike polo, no qual valem as mesmas regras do jogo sobre quatro patas. Embalados nessa cultura própria, surgem festivais pelo mundo todo que atrelam jogos, filmes e músicas ligados à bicicleta. No Brasil, no mês passado, aconteceu o Festival Ciclo- BR, com torneio de bike polo, velo duel (versão sobre bikes dos duelos medievais de lanças sobre cavalos) e corrida em bicicletas infantis. É em eventos assim que cada um encontra a sua tribo.

G_Pedal.jpg

Fonte: http://www.istoe.com.br/reportagens/60608_CADA+UM+NO+SEU+PEDAL?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage (acessado em 30.03.2010)


sexta-feira, 26 de março de 2010

MANIFESTO DO AMIGO DA BICICLETA

Não pretendo converter todos a andar de bike, não pretendo que todos troquem o carro pela bicicleta, nem tenho a pretensão de resolver o problema do transporte publico e da mobilidade nas cidades. Este problema transcende o uso da bicicleta.
Esse veículo de duas rodas pode ser usado para melhorar o trânsito das cidades sem-fim. Pode também contribuir para reduzir a emissão de gás carbônico na atmosfera. Pode auxiliar na ginástica diária, perder peso, sair do sedentarismo. Pode tudo isso, mas o principal é que é divertido, quase infantil.
A fim de evitar uma confusão entre a diversão e desrespeito lanço aqui o selo amigo da bicicleta, que indica os lugares que respeitam tudo que gira em torno dela.
Respeito traduz-se em reconhecer o ciclista como cidadão, tratando sem preconceitos, sem a idéia de que ciclista é tudo um bando de pé-rapado que só anda assim por que não tem dinheiro. Mesmo assim, e se for o mais pobre de todos, merece o mesmo respeito. Ainda, respeito é dar o espaço que ele precisa, respeito é, fornecer meios para que ele use a bicicleta. Respeito também é reconhecer a bicicleta como meio de transporte, por exemplo ao aceitá-las em garagens ou facilitar seu estacionamento com bicicletarios.
Assim por onde o ciclista passar e assim for reconhecido, dele ganhará um “selo amigo da bicicleta”.