domingo, 12 de setembro de 2010

Roda fixa no uol

Achei essa matéria no FIXACWB.

Com design minimalista, pedal, corrente e roda de trás se ligam de modo que não é possível parar de pedalar. As marchas e o câmbio também ficam de fora nas bikes de roda fixa; os mais acostumados dispensam até os freios.

Trazidas do exterior por paulistanos “viajados”, as bicicletas de roda fixa (em que pedal, corrente e roda de trás estão ligados de modo que não é possível parar de pedalar) são um segmento pequeno no universo dos ciclistas. Mas já estão estão “hypando”, segundo adeptos. “Há dois anos tinha umas três pessoas que andavam de fixa. Outro dia, fiz um levantamento entre amigos, e lembramos de 200″, diz Pablo Gallardo, 36, sócio da loja Tag and Juice, que monta essas bikes por encomenda.

O design é minimalista. Nada de peças supérfluas poluindo o visual. Marchas e câmbio ficam de fora. Os mais acostumados dispensam até os freios. “Para quem tem a bicicleta como objeto de desejo, a fixa é a coisa mais linda”, resume Pablo. A onda das fixas tem duas correntes. Há quem se interesse pelo lado histórico, das bicicletas de velódromo, com visual “clássico”. Aí, “uma bike que está acontecendo lá fora” sai por R$ 3.000 pelo menos, segundo Pablo. Já o lado mais “roots” é o da bicicleta de baixa manutenção -restrita a corrente e pneu-, feita com peças usadas de bikes antigas. Na oficina Mocó do Canna, elas custam a partir de R$ 700.

ORIGEM:

Cansados de parar o trabalho para consertar a bicicleta, as fixas começaram a ser usadas pelos “bike messengers” de São Francisco e de Nova York, nos EUA, em 2000. Depois, elas foram adotadas por estudantes. Para os adeptos, um atrativo da fixa é a “conexão” com a bike -o pé é preso ao pedal e a pedalada é contínua. “É uma coisa mais de alma, ela fica como uma extensão do seu corpo”, diz Wagner Carvalho, 39, designer.

FREIO NO PÉ:

Mas como se para uma bicicleta sem freio? Segundo a fotógrafa Laura Sobenes, 23, isso é feito com a manobra “skid”. O ciclista joga o corpo para frente e tira o peso da roda de trás, que derrapa quando o pedal é travado. “Se vejo o sinal vermelho, diminuo a velocidade. Se precisar parar brusco, tem o skid”, explica Paulo Zapella, 27, designer gráfico, que pedala a fixa há um ano. Para Thiago Benicchio, da Associação de Ciclistas Urbanos, a fixa não gera insegurança. “Você anda com velocidade mais constante, prevendo as situações”, diz. “O perigo faz parte do conceito, como no skate. Para aprender a andar, você tem que aprender a frear”, diz o Pablo, da loja Tag and Juice. A legislação brasileira menciona o freio como equipamento obrigatório nas bicicletas. Em 2009, 61 ciclistas morreram na cidade. A maior causa foi choque contra ônibus, segundo a CET.

Vanessa Correa (colaboradora UOL)

Copiado na cara dura do Grupo Fixa Sampa, matéria da UOL / FOLHA.


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