O filme Corrida Mortal 2000 foi as telas de cinema em 1975 com o seguinte roteiro: uma corrida de carros em que os participantes atropelam as pessoas na rua para ganhar pontos. Daí tem o pseudo-galã, interpretado por nada mais do que Silvester Stallone, uma gostosa a tiracolo, um vilão de carro preto e máscara e tem até um pastor, revendo ou algum tipo de pseudo-autoridade religiosa.
Eu me pergunto: porque o número 2000 no filme? Será uma alusão ao ano 2000? Naquela época 2000 era um ano que representava o futuro. Em me lembro que, ainda criança, em 1985 eu pensava em como seria o mundo no ano 2000, quantos anos teria, se estariamos andando de carros sem rodas tal como nos jetsons. Bem, o futuro sempre chega de vagar e em pedaços. Percebi que o futuro é uma projeção do que nós imaginamos como seria ele. Mas por vezes nossa imaginação nos trai. E foi o que aconteceu. Coincidência ou não, comprei outro dia uma edição encadernada do Ranxerox, que saiu pela primeira vez na revista Caniballe em 1977. Era um robô viciado em cascolar e extremamente violento. Ah, e de quebra tinha uma namorada de 12 anos viciada em heroína. Taí, outro exemplo do futuro. O ano 2000 voltou e passou e cá estamos. Aliás, estamos bem distantes dos Jestons e cada vez mais próximos dos Flintsontes. Ontem, na bicicletada de Porto Alegre, um motorista atropela vários ciclistas e foge da cena do crime. Tomo este exemplo por ser emblemático quanto a falta de educação e civilidade das pessoas. Estamos talvez bem mais perto dos Flintstones. Isso, neandertais com controle remoto, homens das cavernas vestidos de smoking, macacos usando microondas e telefones celulares. O futuro é sombrio, violento, cínico e hipócrita. Ainda bem que tem manifestações que beiram a bichogrilisse, que é a bicicletada, numa tentativa de sensibilizar as pessoas a andarem de bike, encorajando as pessoas a andarem de bike pela cidade, numa busca pelo reconhecimento cívico. Então vem um filho da puta, com o perdão das prostitutas, ou melhor, um corno e passa por cima de ciclistas que estavam andando de bicicleta pela cidade, em uma manifestação tão singela quanto subversiva, tão pacífica quanto anárquica, tão genuína quanto cívica.
É inaceitável esse tipo de atitude, é abusurdo ver tal coisa acontecer. É vergonhoso saber que existem seres humanos assim. É reprovável a atitude desse criminoso. Esse blog solidariza-se com as vítimas do infausto e repudia com veemência o crime perpetrado pelo condutor do carro até agora não identificado. No filme, Silvester Stallone, ganha pontos por matar pessoas, espero que em Porto Alegre o prêmio do motorista assassino seja a condenação por tentativa de homicídio, com tudo que ele tem direito.
Eis um video feito pós tentativa de homicídio:
Nenhum comentário:
Postar um comentário